Agora que as principais ligas de futebol na europa estão a terminar, é tempo de fazer o respetivo balanço.
Começando pela Liga Holandesa – Eredivisie, que apesar de ainda não ter terminado pois faltam disputar os play-off de despromoção e de apuramento para a Liga Europa, já foi encontrado o campeão e a nível individual pouco mais poderá acrescentar.
Foi um campeonato disputado até à ultima jornada, numa luta infernal entre o Feyenoord e o Ajax (finalista da Liga Europa), mas Giovanni van Bronckhorst conduziu o Feyenoord à glória conseguindo sagrar-se campeão 18 anos após da última conquista. Em grande parte da época o Ajaxandou em perseguição do vencedor, essencialmente por causa de um inicio oscilante, com resultados menos bons, nunca conseguindo assumir a liderança. Relativamente ao campeão do ano anterior, o PSV Eindhoven, que curiosamente também conquistou o título antecedente na última jornada, nunca chegou a ser uma verdadeira ameaça para essas duas equipas, isto apesar de ter menos derrotas no campeonato (apenas 2) e ter a melhor defesa (23 golos sofridos em igualdade com o Ajax), mas obteve uns impensáveis 10 empates em toda a prova.
No fundo da tabela e naturalmente despromovido, ficou o Go Ahead Eagles que tinha subido no ano anterior, mas não conseguiu garantir a permanência na Eredivisie.
Destaques coletivos para FC Utrecht que alcançou um fantástico 4º lugar, dando seguimento à boa temporada realizada no ano anterior (5º lugar) e ao Excelsior, treinado pelo nosso conhecido Mitchell van der Gaag (ex-jogador/ex-treinador de Marítimo e ex-treinador de Belenenses), que conseguiu garantir permanência pelo 3 ano consecutivo terminando num prestigiante 12º lugar.
No plano individual e muito sucintamente, na minha opinião os jogadores em maior destaque foram:
É um elemento que parece ser sempre subestimado na Eredivisie mas curiosamente foi o guarda redes com mais defesas efetuadas. Responsável pelo Willem II ter sido a 6 defesa menos batida, logo a seguir aos 5 primeiros classificados. Termina contrato no final da presente época e merece ter oportunidade num clube de maior dimensão.
Produto da formação, realizou mais uma época de grande nível sendo um dos elementos decisivos para a conquista do título. Sólido a defender e com grande propensão atacante, será naturalmente um dos elementos a ter em conta para a seleção Holandesa. Aos 22 anos já é uma certeza, mas ainda pode e deve evoluir para um nível mais elevado.
O gigante defesa Brasileiro parecia ter sido uma escolha no mínimo estranha quando saiu do Groningen devido à falta de velocidade e ritmo, no entanto este ano provou o contrário tendo jogado todos os minutos de todas as partidas da Eredivisie e contribuindo com 4 golos marcados, sendo um dos pilares da defesa do campeão.
Um talento inacreditável, não sendo de admirar que o colosso Barcelona já tenha manifestado o interesse na sua contratação. Realizou a sua 1ª época ao serviço do Ajax, vindo dos colombianos do Atlético Nacional onde conquistou a Libertadores, e aos 20 anos já deixou a sua marca. Ajudou o seu clube a chegar à final da Liga Europa e é certamente um dos elementos mais promissores da Eredivisie.
Defesa Esquerdo - TERENCE KONGOLO (Feyenoord)
Mais um produto da formação e apesar de ser um central de raiz, jogou muitas vezes no lado esquerdo da defesa fazendo uso do seu forte pé esquerdo. Jovem, 23 anos e com grande margem de progressão, apesar de já ter tudo para ser uma referência no futebol europeu.
Médio Centro - DAVY PROPPER (PSV)
Apesar da campanha aquém das espectativas do PSV, este médio protagonizou mais uma época de grande nível, bastante semelhante à realizada no ano transato onde se sagrou campeão. Marcou 6 golos e fez 7 assistências estando aos 25 anos no seu melhor momento.
É um dos jogadores mais acarinhados em Roterdão pela sua capacidade de trabalho e energia que emprega em cada lance que disputa, mas era sempre criticado pela sua falta de eficácia na altura de finalizar. Este ano provou o contrário marcando 5 golos, realizando a sua melhor época de sempre.
O jogador mais criativo a jogar na Eredivisie, que o Ajax adquiriu ao Twente no verão passado a troco de 11 milhões de euros. Foi talvez o principal responsável pela boa época do seu clube, apenas perdendo o título na última jornada e garantindo a presença na final da Liga Europa, revitalizando todo o jogo ofensivo do Ajax.
Marcar 19 golos por uma equipa (Heerenveen) que terminou a Eredivisie no 9º lugar, precisamente a meio da classificação, não é fácil de o conseguir, mas este internacional Iraniano alcançou esse feito. Depois de épocas sem grande destaque, este ano surpreendeu o mundo do futebol com uma temporada de grande nível.
Apreciação bastante semelhante ao Reza Ghoochannejhad, pois marcar 19 golos por uma equipa do meio da tabela (10º lugar, Heracles Almelo), não é para todos. Nesta segunda passagem pelo Heracles e depois de nunca se ter conseguido destacar em equipas como Anderlecht ou Feyenoord, conseguiu confirmar todo o seu potencial e aos 25 anos ainda pode sonhar com voos mais altos.
Avançado - NICOLAI JORGENSEN (Feyenoord)
O internacional Dinamarquês foi coroado o rei dos marcadores tendo apontado 21 e assistido os colegas por 11 vezes tendo realizado uma temporada absolutamente fantástica, ainda por cima sendo a esta a sua primeira em solo Holandês. Muito forte fisicamente e mortífero na frente de ataque, espalhou o terror pelas defensivas contrárias. Capacidade para clubes de maior dimensão.
Fonte: goal.com
Imagens: zerozero.pt
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