DESPORTO: Liga dos Campeões | FC Porto - Besiktas | Rescaldo e opinião


O FC Porto entrou da pior forma na Liga dos Campeões ao ser derrotado em pleno Estádio do Dragão pela equipa turca do Besiktas, recheada de nomes bem conhecidos do futebol português.

Os portistas foram fiéis ao seu sistema tático habitual e se este sistema tem dado frutos no campeonato interno, jogar assim no nível de uma Liga dos Campeões podia ser fatal e assim foi. Em vantagem numérica nos elementos do meio campo, os turcos causaram sempre bastantes problemas sempre que ultrapassavam o desamparado e sem pujança física, Danilo Pereira. Foi numa dessas transições rápidas, que os jogadores turcos realizaram vezes sem conta, que Anderson Talisca, o jogador mais assobiado da noite, a passe milimétrico do acarinhado Ricardo Quaresma, faz de cabeça o primeiro golo do encontro. A resposta azul e branca não demorou, apesar das dificuldades estarem sempre presentes, Óliver Torres num dos poucos lances que conseguiu verdadeiramente desequilibrar, atira ao poste. O mote estava dado e poucos minutos depois, o irrequieto Moussa Marega consegue importunar o defesa contrário Dusko Tosic, que introduz a bola na sua baliza, restabelecendo a igualdade. No entanto, apenas sete minutos depois, outra vez numa transição rápida que surpreendeu os jogadores do meio campo portista, Cenk Tosun remata de longa distância, marcando um golo de belo efeito.

imagem fcporto.pt
 
Para a segunda parte era necessário um FC Porto diferente e Sérgio Conceição ajustou o meio campo fazendo entrar André André e Otávio para os lugares de Jesús Corona (terceiro jogo consecutivo a sair ao intervalo) e de um apagado Óliver Torres. Em certo modo, as mudanças resultaram e os azuis e brancos equilibraram a luta do meio campo, mas a desvantagem no marcador obrigava a procurar rapidamente o golo da igualdade que nunca apareceu, umas vezes por ineficácia na hora de finalizar, outra vezes por excesso de individualismo e outras por alguma falta de sorte. O tempo passava e aos poucos os jogadores iam perdendo a calma e intensidade exigida, até que aos 86 minutos, Ryan Babel termina com as esperanças portistas ao concluir uma jogada de grande envolvimento entre os elementos do ataque turco, estabelecendo o resultado final.

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No plano individual, pouco ou nenhum destaque posso fazer, pois ninguém esteve a um nível mínimo exigido numa Liga dos Campeões. Do lado turco, Anderson Talisca para além do golo apontado foi sempre um quebra cabeças para os adversários, quer na condução da bola, quer nos passe longos, quer a enervar os adeptos pelo seu recente passado desportivo, quando jogava no rival Benfica.

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Resumindo, entrada em falso e sobretudo em casa, pode ser determinante numa prova onde as equipas presentes são todas de grande qualidade, pelo que se o FC Porto acalenta aspirações de passar aos oitavos de final, tem que obrigatoriamente recuperar rapidamente estes pontos perdidos.



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