DESPORTO: Taça de Portugal – 4ª Eliminatória| FC Porto – Portimonense | Rescaldo e opinião


O jogo da 4ª eliminatória da Taça de Portugal colocou frente a frente o FC Porto e Portimonensee para além de ter sido um bom espetáculo, com incerteza no resultado até final, com duas reviravoltas e com ambas as equipas a estarem na frente do marcador, mas no final, mesmo no final, os portistas levaram a melhor.

 Se haviam dúvidas que os azuis e brancos estão a levar muito a sério esta competição, elas ficaram dissipadas quando se soube o onze inicial, pois Sérgio Conceição efetuou poucas alterações, e mesmo essas foram quase todas devido a lesão. De salientar o regresso de Iker Casillas e Óliver Torres, que já não eram escolhas iniciais à bastante tempo.

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O golo do FC Porto apareceu bastante cedo na partida, logo aos cinco minutos, onde Alex Telles na cobrança de um pontapé de canto, coloca a bola no local certo para Danilo Pereira desviar para o fundo da baliza. Ainda pouco tinha feito para justificar estar na frente do marcador, e pouco continuou a fazer, permitindo que o adversário fosse criando relativo perigo no último terço do campo, sobretudo pelo irrequieto Shoya Nakajima, mas sempre bem parado pelas intervenções do regressado guarda redes espanhol. No entanto, e mesmo depois algumas oportunidades por parte do FC Porto, os algarvios continuaram em busca do golo de empate, que vieram mesmo a alcançar, onde ficou a sensação que Iker Casillas foi muito mal batido. O empate estava conseguido e era sem dúvida um resultado justo ao intervalo.

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Sérgio Conceição sabia que os portistas tinham que se apresentar mais assertivos e determinados se queriam levar de vencido, a bem organizada e com futebol positivo, equipa do Portimonense,mas não foi isso que aconteceu. Os azuis e brancos entraram amorfos e sem intensidade e o tempo ia passando. Na tentativa de agitar com o jogo, Sérgio Conceição, faz sair Hernâni Fortes que mais uma vez não soube aproveitar a oportunidade, entrando para o seu lugar Yacine Brahimi. O jogo portista melhora ligeiramente, mas o estádio do dragão ficou ainda mais enregelado quando aos 69 minutos, Pedro Sá num remate fantástico de longa distância, vira o resultado a favor dos algarvios. Naturalmente, o FC Porto carregou mais no acelerador, mas quase sempre sem o discernimento necessário, tornando todas as tentativas infrutíferas. Aos 78 minutos, Felipe Macedo vê o segundo cartão amarelo e consequente vermelho, e partir deste momento o jogo fica completamente louco. Sérgio Conceição é expulso por protestar uma eventual grande penalidade, o tempo de jogo voa, o árbitro concede 7 minutos de tempo de compensação e à entrada do minuto 90, o FC Porto encontrava-se a perder. No entanto, numa clara demonstração de querer e vontade, os portistas ainda conseguem virar o resultado, vencendo por 3-2, com golos de Vincent Aboubakar e Yacine Brahimi, fazendo jus à velha máxima “Só é derrotado quem deixa de lutar”.

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Destaque individual para Vincent Aboubakar e Yacine Brahimi, que apesar de fazerem um jogo discreto, foram determinantes em dois lances decisivos, demonstrando a frieza necessária para marcar os golos que permitiram vencer a partida. Do lado algarvio, Vítor Oliveira tem claramente elementos com grande qualidade e daqueles que jogaram, é obrigatório destacar Shoya Nakajima, que certamente não ficará por muito tempo no Portimonense, pois tem futebol para outros voos mais altos. Pedro Sá e Oriol Rosell estiverem sempre muito bem na partida, nunca dando grandes veleidades aos criativos dos azuis e brancos.

Resumindo, mais uma vez o FC Porto teve que sofrer e muito para levar de vencida uma muito bem estruturada equipa do Portimonense, mas o que fica para a história é mesmo a passagem à próxima ronda. Esta etapa já foi ultrapassada, seguindo-se já na próxima terça feira, mais um jogo decisivo para a Liga dos Campeões, nas Turquia frente ao Besiktas.

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