DESPORTO: Taça de Portugal | FC Porto – Sporting CP | Rescaldo e opinião

O FC Porto recebeu e venceu o rival Sprting CP, num jogo a contar para a primeira mão da Taça de Portugal, adiantando-se na eliminatória, que tem o segundo e decisivo encontro agendado algures para o mês de abril, a ser disputado no estádio de alvalade.

Sérgio Conceição foi fiel ao esquema que deu a vitória no jogo anterior, frente ao Braga, e apresentou um onze muito semelhante, apenas trocando José Sá por Iker Casillas, mas surpreendeu ao colocar no onze inicial Tiquinho Soares, que até tinha ficado na bancada no desafio anterior, relegando Vincent Aboubakar para a bancada, supostamente devido a fadiga muscular.

Apesar de uma entrada menos incisiva por parte dos portistas, onde até nos minutos iniciais houve um ligeiro ascendente sportinguista, no entanto rapidamente as operações se inverteram. As oportunidades de golo começaram a surgir e os azuis e brancos não chegaram mesmo à vantagem, porque ou a bola batia no poste, ou Rui Patrício defendia os remates dos avançados contrários ou simplesmente por falta de assertividade na hora de finalizar. O FC Porto demonstrou sempre mais vontade de vencer, mais garra e atitude do que o adversário, que estava mais preocupado em não sofrer do que a marcar, mas apesar do domínio em todos os aspetos da partida, o resultado parcial cifrava-se num teimoso zero a zero.

imagem fcporto.pt

 

Curiosamente, na segunda parte, onde os verdes e brancos se apresentaram mais consistentes e a trocar a bola em zona mais ofensivas, o FC Porto alcançou o tão ambicionado golo, através de Tiquinho Soares ao corresponder da melhor forma a um excelente cruzamento de Sérgio Oliveira, cabeceando para o fundo da baliza. Um golo muito merecido, a fazer lembrar Mário Jardel, pela forma como cabeceia, colocando justeza no resultado. Seguiram-se períodos de futebol ofensivo intenso e pressionante por parte dos portistas, que poderiam ter ampliado o marcador por diversas vezes, mas mais uma vez a eficácia não esteve presente. Para os últimos 15 minutos, Jorge Jesus decide arriscar um pouco mais, mas revelou-se insuficiente para chegar ao empate.

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Destaque individual para Tiquinho Soares, não só pelo o golo que marcou, mas também pela capacidade de trabalho, garra e atitude pressionante que demonstrou durante os 83 minutos que esteve em campo, justificando claramente a aposta de Sérgio Conceição, lavando a imagem negativa que tinha deixado na altura da sua substituição no jogo da meia final da Taça da Liga. No lado do Sporting, claramente e a muita distância dos outros jogadores, Gelson Martins foi o mais esclarecido, sempre a jogar numa rotação elevada e ainda por cima regressado de uma lesão muscular.

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Resumindo, vitória importante que peca essencialmente por ser escassa, tal o volume de jogo ofensivo apresentado pelos portistas, mas que coloca o FC Porto em vantagem no intervalo da eliminatória. Resta aguardar pelo jogo da segunda mão, a ser jogado em meados de abril, sobretudo numa altura em que ambas as equipas se podem apresentar totalmente diferentes, fora deste ciclo repleto de jogos. No entanto, o futebol não para e já no próximo domingo, o FC Porto desloca-se ao reduto do Chaves, num jogo que se adivinha complicado, exigente e que antecede a receção ao Liverpool, numa partida da Liga dos Campeões.