FILMES: A Múmia (2017) | A minha opinião


Depois de ver Atomic Blonde - Agente Especial, que apesar de intenso e imersivo, a verdade é que apesar de não deslumbrar ao ponto de ser icónico, também não desilude até ser considerado abaixo do razoável, estou de volta com mais um filme e desta vez a escolha acabou por ser A Múmia, apesar de estar algo relutante.

À muito séculos atrás, na zona da Mesopotâmia, Ahmanet (Sofia Boutella, de Atomic Blonde - Agente Especial ou Kingsman: Serviços Secretos) tem um plano para governar os destinos do mundo mas para tal necessita da ajuda de Set, o Deus da Morte. Quando está quase a terminar o ritual de invocação, esta é interrompida, mumificada e aprisionada no interior de uma tumba para sempre. Passado muitos anos e voltando aos dias atuais, Nick Morton (Tom Cruise, de Top Gun – Ases Indomáveis ou Missão Impossível) e Chris Vail (Jake Johnson, de Mundo Jurássico ou Mulheres Procuram-se Para Ir a Casamento), dois saqueadores que vasculhavam a região em busca de raridades e artefactos antigos, fortuitamente descobrem o local onde Ahmanet jazia. Juntamente com a especialista e historiadora Jenny Halsey (Annabelle Wallis, de Annabelle ou Rei Artur: A Lenda da Espada), decidem investigar a tumba e acidentalmente despertam a múmia, que rapidamente seleciona Nick Morton como o escolhido, de modo a invocar Set no seu corpo, mas para tal necessita da adaga do Deus da Morte, iniciando uma malévola aventura na sua busca.


Realizado por Alex Kurtzman (Star Trek ou Sleepy Hollow), este filme conta ainda com participação de atores como Russell Crowe (Gladiator ou O Homem dos Punhos de Ferro) e Courtney B. Vance (Exterminador: Genisys ou O Último Destino 5), para além dos já referidos anteriormente.

Supostamente este filme, A Múmia (2017) faz parte de um processo de renovação dos monstros da A Universal (Dark Universe), sendo este o primeiro, ao qual seguirão A Noiva de Frankenstein, Homem Invisível, entre outros. Apesar de não gostar de fazer comparações com outros filmes (neste caso a temática e até o próprio nome são iguais), é completamente impossível não fazer paralelismos com o tão conhecido e aclamado A Múmia (1999), com Brendan Fraser, Rachel Weisz e John Hannah nos principais papéis. No entanto e apenas é a minha opinião, só se pode comparar essas duas situações, porque restante é incomparável, mas vamos por partes.


O tema apesar de já esmiuçado por diversas vezes em filmes é sempre prometedor, caso surja algo de inovador, inesperado e capaz de nos surpreender, o que não acontece no de 2017 e ao contrário do que aconteceu com o de 1999. A história, na sua fase embrionária até se vai revelando ligeiramente interessante e promissora, mas rapidamente vai deixando inúmeras pontas soltas, sem nunca se perceber o porquê da sua existência. Outra situação curiosa é o facto de até entrar em cena a personagem principal, ou seja, a múmia, a trama consegue captar-nos a atenção, criando expectativa e incerteza, mas a partir do momento que ela aparece, tudo piora, mais uma vez ao contrário do que acontece com o de 1999, onde o vilão tem personalidade, carisma e presença. E esse é um aspeto que falha neste filme, as personagens apesar de serem interpretadas por atores com muitas provas dadas, deixam bastante a desejar, parecendo inócuas e perdidas numa narrativa inconsequente e desordenada. Os componentes deste tipo de filmes estão presentes, o terror, a comédia, o romance, a aventura e a ação, mas nenhum deles é suficientemente robusto e competente, perdendo-se no marasmo e emaciação geral.

Em suma, A Múmia está num patamar ligeiramente abaixo do razoável, que não acrescenta nada de novo a esta temática e em comparação com o A Múmia de 1999 fica irremediavelmente longe do sucesso que este alcançou. Se a ideia do realizador era enfatizar a múmia, tornando-a icónica e icástica, então posso concluir que falhou de todo o objetivo.


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