DESPORTO: Amigável | Portugal – Holanda | Rescaldo e opinião

Portugal perdeu por 0-3 frente à seleção da Holanda em mais um jogo de preparação para o Mundial 2018, num desafio realizado novamente em terras helvéticas, mas desta vez em Genebra no Stade de Genève.

Fernando Santos efetuou diversas alterações e em relação ao jogo anterior, apenas manteve em campo Rolando e Cristiano Ronaldo, dando oportunidade a outros jogadores com menos tempo de jogo ao serviço da portuguesa. Mário Rui foi estreia absoluta, realizando assim a sua primeira internacionalização, ele que tem estado a bom nível no seu clube, os italianos do Nápoles.

Se na partida frente ao Egitoalgumas fragilidades defensivas foram visíveis, frente à renovada seleção da Holanda elas foram em maior número e gritantes. No entanto as falhas não foram exclusivas do setor defensivo, pois um meio campo a jogar sem um trinco de raiz, apresentou-se demasiado permissivo e sem intensidade, permitindo rápidas transições aos jogadores holandeses. Curiosamente, Portugal até dominava o encontro, com muita posse de bola, mas sentia muitas dificuldades quando se aproximava da zona de ataque, no entanto na primeira vez que os holandeses conseguiram uma situação de contra-ataque, Memphis Depay não perdoou. Os jogadores lusos tentaram responderam, mas sempre de uma forma desorganizada e sobretudo com muita lentidão, o que em conjunto com a passividade na hora de defender, originou mais dois golos para a Holanda ainda antes do intervalo.

imagem fpf.pt

 

Para a segunda metade, Fernando Santos realiza três alterações, Luís Neto, Gonçalo Guedes e André Silva, para os lugares de Rolando, Adrien Silva e André Gomes, arriscando um pouco mais na tentativa de marcar um golo cedo que pudesse galvanizar a equipa para uma melhor segunda parte, e Portugal até entrou bem mais pressionante e mais rematador, mas sempre sem conseguir os seus intentos. Pouco a pouco, a esperança foi-se diluindo e qualquer tentativa de reação foi automaticamente terminada, quando aos 61 minutos, João Cancelo viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho, depois de uma entrada dura sobre o adversário. Até final, Gelson Martins e João Moutinho ainda acrescentaram alguma qualidade ao jogo português, mas era demasiado tarde.

Destaque individual para Mário Rui que apesar de não ter uma estreia feliz, devido à derrota, mas esteve sempre atento no seu corredor e ainda teve tempo para realizar talvez o remate mais perigoso da sua equipa. Do lado holandês, destaque natural para Memphis Depay que depois de uma passagem menos conseguida pelo Man Utd, parece que está a volta à forma que o notabilizou, agora ao serviço do Lyon.

Resumindo, apesar de ninguém gostar de perder, as experiências devem ser realizadas exatamente nestes jogos, retirando as devidas ilações. Fernando Santos tem muita matéria prima, com exceção da zona central defensiva, e certamente irá realizar um Mundial condizente com a qualidade dos jogadores lusos. Até ao Mundial 2018, Portugal ainda irá realizar mais 3 jogos de preparação, frente às seleções da Tunísia, Bélgica e Argélia.