FILMES: Sicário - Infiltrado (2015) | A minha opinião


Depois de ver O Guarda-Costas e o Assassino, que apesar de não apresentar nada de inovador, garante entretinimento, longas gargalhadas e momentos de humor marcantes, sendo excelente para passar um bom bocado em frente à televisão, decidi ver o Sicário - Infiltrado que me foi recomendado, como sendo um bom filme.

A história do filme incide sobre as situações vividas por Kate Macer (Emily Blunt, de No Limite do Amanhã ou O Diabo Veste Prada), uma agente especial do FBI em ascensão, que ao tentar desvendar um crime vê alguns dos seus colegas a serem mortalmente atingidos por uma explosão. Dave Jennings (Victor Garber, de Titanic ou Argo), o seu superior hierárquico recomenda-a para membro de uma equipa cujo objetivo é desvendar quem esteve por trás do crime, tendo com líder Matt Graver (Josh Brolin, de Este País Não é Para Velhos ou Milk).


Kate vive um misto de emoções, por um lado anseia por descobrir quem foi o responsável pela morte dos agentes, no entanto sabia que passando a fronteira para o México, as regras iriam ser outras, não podendo contar com a proteção do FBI. No terreno conta com o apoio de Alejandro (Benicio Del Toro, de Guardiões da Galáxia ou Star Wars: Episódio VIII - Os Últimos Jedi), um elemento que conhece bem como tudo funciona para lá do território norte americano, no entanto, à medida que novos desenvolvimentos acontecem, Kate percebe que não lhe foram transmitidas todas as informações, vendo-se envolvida numa conspiração e num esquema com proporções dantescas, levando-a a questionar tudo aquilo que sempre acreditou.

Sicário - Infiltrado foi realizado por Denis Villeneuve (Blade Runner 2049 ou O Primeiro Encontro), conta ainda com a presença de atores como Jon Bernthal (The Waking Dead ou Baby Driver), Daniel Kaluuya (Black Panther ou O Regresso de Johnnu English) e Jeffrey Donovan (Hitch – A Cura para o Homem Comum ou Espião Fora de Jogo)


Nomeado para três óscares em 2016, Sicário – Infiltrado é um filme cuja premissa é semelhante a tantos outros, o FBI descobre um cenário dantesco, sofre algumas baixas, envia elementos em busca de culpados e tenta fazer justiça, no entanto, em Sicário – Infiltrado não temos aquele cliché habitual que facilmente conquista a atenção do espectador comum, ou seja, não existe um herói que avança contra tudo e todos, sozinho e atinge o seu objetivo, acompanhado de explosões e demais efeitos especiais, saindo facilmente vitorioso da sua jornada. Neste filme, a incidência maior é a carga dramática que existe em cada cena, o lado humano e moral dos agentes, conferindo-lhe outra dimensão mais empolgante e complexa. Para além disso, envolto neste enredo de violência surgem questões como a ambiguidade de poderes, a complexidade do narcotráfico e a fragilidade da moralidade humana, o que torna ainda mais cruel todo o panorama presente no filme.

Em jeito de conclusão, quero afirmar que Sicário – Infiltrado não agrada rapidamente e facilmente aos espectadores, mas que nos conquista lentamente, envolvendo-nos na sua trama. Não deixa de ser cruel e violento, como tantos outros, mas um tipo de violência dissemelhante, sem ser tão física e brutal, mas é frio, intenso e veemente do ponto de vista moral.


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